"A minha alma partiu-se como um vaso vazio
Caiu pela escada excessivamente abaixo
Caiu nas mão da criada descuidada
Caiu, e eu fiz-me em mais pedaços que havia loiça no vaso
(...)
E os Deuses que há debruçam-se da escada para ver o que a criada fez de mim
(...)
O que era eu - um vaso vazio?
(...)
Alastra a escada atapetada de estrelas
Ao fundo um caco brilha, entre os astros
A minha obra? A minha alma principal?
A minha vida
E os Deuses olham-na por não saberem porque ficou ali"
Álvaro de Campos
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